Redzinhachill

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A sacrossantificação do trabalho é mais um fator de alienação e aprisionamento social. O ideário desta época, determinado pela classe dominante dos meios de produção, estrutura-se de acordo com o sistema capitalista. Dessa forma, é constituído com fins de favorecer e potencializar o lucro de tal classe. A valorização do trabalho, posto como algo digno e nobre, ilude e convence o operário a depositar sua força e dedicar seu tempo a produção. Até mesmo a idealização estética e a superioridade de certas faculdades sobre outras visam a transformar o homem em uma máquina geradora de capital. O conhecimento aplicável, como o do engenheiro, é visto de forma superior à filosofia e sociologia, áreas de maior reflexão. Em doravante, a alienação pode ser percebida na falta de reconhecimento do próprio trabalho nos produtos finais, de preco superior ao salário ganho. O aprisionamento ocorre na combinação entre o desejo de possuir bens materiais e a necessidade de acumular dinheiro para efetuar a compra. Logo, o operário produz para, futuramente, consumir seu próprio produto. E sente-se bem com isso, visto que a cultura do trabalho inferioriza aqueles praticantes de atividades ociosas. Não obstante, em um resgate da historia, observa-se que, em Atenas, a consciência social tinha tais valores invertidos em comparação à atualidade. Nobre era aquele que podia dedicar seu tempo a atividades de ócio, como reflexão e filosofia, o que alavancou a produção de novos conhecimentos. O trabalho, uma vez que necessário na garantia de vida, era restrito aos escravos, sendo, então, inferior, visto que não requer contemplação ou alto grau de execução nas faculdades mentais. Ainda hoje ele é, em geral, uma forma de escravidão. A diferença reside na naturalização da exploração e da pobreza, desvinculando-a da pratica escravocrata. Portanto, deve-se haver maior fiscalização ao combate de qualquer forma de atividade forçada, tanto no Brasil, como em outros países que essa situação se faz

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