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A relação entre a ética e o direito
Já dizia Aristóteles (384-322 A.C) que é sem sentido querer “provar” a existência do “ethos” e da “physis”. São manifestações do Ser, das quais a physis é o campo do necessário, que, através das mãos humanas será transformada em “ethos”, identificada como campo da liberdade humana. A palavra ethos em sua origem era grafada ou com η (“ETA”) ou com ε (“épsilon”). A palavra ἦθος significa em sua origem a morada do homem, isto é, a sua casa (“oikos”), transformada pelos costumes construídos sobre a natureza. A palavra ἔθος , por sua vez, significa hábito, isto é, a ação repetida do homem.
Também Aristóteles, ao dividir os campos da ciência, pensou que um deles era composto pelas ciências políticas, que têm como finalidade a ação exterior. Estas ciências eram a ética, que lidava com as virtudes do indivíduo (praxis individual), e a política (praxis comunitária), que dizia respeito à vida em comunidade. Com o início da sociedade civil o ethos será expresso como “nómos” (lei). A sociedade, compreendida como associação, é formada por indivíduos possuidores de distintas posições, cujas particularidades terão a lei como ponto de partida. Aqui se tem posto o direito como uma derivação dos costumes, do ethos, da ética.
A maior dificuldade do direito tem sido buscar sua legitimidade. Como justificar que o eu, tenha que seguir as diretrizes normativas e comunitárias, na modernidade, com a ênfase na individualidade (características que está nas bases do cristianismo, mais que será explicitada nos eventos da modernidade, como a reforma protestante), (1770-1830) Hengel percebeu a consequência disso na relação entre ética e direito).
O homem moderno passou por um destino trágico, depois da separação da ética e da política, a política passou a pesar nos ombros do homem, como forma dilacerante daquela ‘tragédia ético’, de que fala Hengel, a concequencia prática dessa cisão entre ética e direito é que cada direito positivo se tornou