Redes sociais
Luís Fernandes
Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade Nova de Lisboa Programa Doutoral em Media Digitais - UT Austin | Portugal la.fernandes@fct.unl.pt
1. INTRODUÇÃO
Este artigo pretende explorar alguns conceitos no âmbito das redes sociais online e equacionar as potencialidades que a rede social Facebook pode evidenciar no contexto das comunidades virtuais de aprendentes. Existem alguns marcos, pequenos apontamentos, ao longo do tempo, que na existência desta rede social têm ditado muitas reticências e mesmo receios. Se no surgimento do Facebook muitas eram as preocupações com a privacidade e segurança, cedo esses receios se esbateram, sobretudo porque a rede crescia de uma forma muito célere e consistente. Os críticos e académicos começaram então a equacionar o que de positivo, para um ambiente de aprendizagem, se poderia extrair desta rede com tanto sucesso e com uma taxa de penetração inigualável. Por vezes a rendição à evidência não é forçosamente uma inevitabilidade, a comprovar isso mesmo o facto do Facebook mostrar ser uma rede muito flexível que permite a inclusão de aplicações que consubstanciam o papel da rede social na educação.
baseadas na disponibilidade tecnológica, limitadas tecnologicamente e que proporcionam fraca interacção (um ou poucos utilizadores), em oposição a uma disponibilidade tecnológica generalizada com características de interactividade propiciadoras de ambientes com múltiplos utilizadores. Embora o conceito de redes sociais virtuais se associe mais facilmente a aplicações Web como o Second Life, onde existe a manifesta intenção do utilizador se fazer representar num ambiente virtual, pode afirmar-se que redes sociais online partilham da mesma caracterização: redes que propiciam a interacção entre vários utilizadores, tecnologicamente generalizadas e acessíveis, transcendendo o esfera relacional das organizações.
2.