Redes sociais
Nos tempos que correm, quando ouvimos falar em redes sociais associamos a essa designação a internet e, em particular, o Facebook, o Twitter ou outro tipo de serviços do mesmo género. Para alguns, as redes sociais virtuais tornaram-se vitais e passaram a assumir um papel cada vez mais importante nas relações sociais e profissionais. O poder comunicativo destes serviços é tão forte que não há hoje uma empresa que não esteja presente nestas redes, onde também encontramos artistas, jornalistas, desportistas, políticos ou instituições dos mais variados géneros. Aliás, um dos acontecimentos mais marcantes dos últimos meses foi a adesão do Papa Bento XVI, hoje retirado, à rede Twitter. O Vaticano criou 9 contas oficiais do Sumo Pontífice em línguas diferentes, do latim ao árabe, havendo uma conta em português, e totalizando mais de dois milhões e meio de seguidores.
Se as redes sociais passaram a ocupar um lugar importante na nossa vida, e na sociedade em geral, veja-se o papel que estas tiveram na mobilização para as manifestações contra a austeridade, não deixam porém de ser virtuais, intangíveis, perigosas para quem, empurrado pelas dificuldades, se deixa levar para a criação de mundos fora da realidade.
Paradoxalmente, nunca, nos últimos vinte anos, a nossa sociedade precisou tanto das redes sociais como atualmente, mas de redes sociais humanas, não virtuais, daquelas redes em que vizinhos e familiares não esperam pelos pedidos de auxílio para fazer algo, porque percebe que pedir ajuda é um passo difícil de dar.
D. José Cordeiro, bispo de Bragança, numa recente entrevista ao jornal i, fez referência às crescentes dificuldades que as famílias transmontanas atravessam, dificuldades que atingem de sobremaneira os idosos.
Com a extinção de freguesias, é uma parte desta rede social que se extingue. Os presidentes de junta, principalmente nas freguesias mais pequenas, são muitas vezes os primeiros a perceber as dificuldades socioeconómicas por que