Redes sociais
Regina Maria Marteleto
Resumo O artigo pretende explorar a noção de rede, buscando algumas pistas dos seus fundamentos histórico-conceituais, suas incidências e alianças com o conceito de informação. O objetivo é situar os modos de emprego do conceito de rede em campo de estudos com pouca densidade teórico-conceitual, como é o caso da ciência da informação. Transversal como as idéias de “informação-sistêmica” ou “informação-fluxo”, o conceito de rede convida as perguntas de pesquisa sobre a informação a se associarem a um enfoque do fenômeno onde os sujeitos coletivos são seus protagonistas centrais, ao mobilizarem redes sociais de conhecimentos. Para pensar assim, é relevante introduzir a idéia de uma “terceridade” do conhecimento, da informação e das próprias configurações das redes sociais. Palavras-Chave Informação; conhecimento; rede; redes sociais. “Globalmente, as tecnologias, leves, tomam das técnicas, pesadas, o poder de dar as cores mais fortes ao momento da história e a dominação universal àqueles que as detêm. Eis um mapa-múndi extenso, atravessado por canais, do novo universo, utópico e sombrio”. (SERRES, 1994, p 139).
1 INTRODUÇÃO A ambientação histórico-epistemológica das noções de rede e informação é importante de ser considerada por duas razões principais. Primeiro, para não “naturalizar” esses conceitos, atribuindo-lhes inadvertidamente o estatuto de fenômenos dos “dias de hoje”, da “globalização”, das “sociedades da comunicação, conhecimento, informação”, ou da nova “política eco-
nômica neoliberal“, os quais seriam naturalmente importantes de serem estudados e gerenciados na medida em que fazem parte de um cenário globalizante, onde o mundo e a sociedade se encontrariam atualmente instalados. Segundo, e mais fundamentalmente, para perceber a sua transversalidade nos tempos epistemológicos, históricos e sociais – seus trânsitos inter e transdisciplina-
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