Redes sociais: limites e possibilidades no processo de ensinoaprendizagem de adolescentes e jovens como enfrentamento do capitalismo e inovação do currículo escolar
Cristiane Silveira Cesar1
Resumo. Este artigo analisa os limites e possibilidades das redes sociais no processo de ensino-aprendizagem de adolescentes e jovens como enfrentamento do capitalismo e inovação curricular escolar. Sendo assim, as redes sociais tornam-se ferramentas úteis no processo formal e informal de ensinoa-prendizagem de adolescentes e jovens, se sociedade, escola e docentes incluírem-nas em seu plano de atuação, e usarem-nas de maneira desafiadora e criativa.
1 Concepção de educação e de aprendizagem
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens dentro da história: ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. Vista como processo de desenvolvimento na natureza humana, a educação tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita para constituir-se e transformar a realidade. A educação pressupõe uma articulação entre a ação política e a ação pedagógica. Segundo Luckesi (1992, p.49),
[a educação]... pode ser uma instância social, entre outras, na luta pela transformação social, entre outras, pela transformação da sociedade, na perspectiva de sua democratização efetiva e concreta, atingindo os aspectos não só políticos, mas também sociais e econômicos. Para tanto, importa interpretar a educação como uma instância dialética que serve a um projeto, a um modelo, a um ideal de sociedade.
A partir dessa abordagem, é possível concluir que a escola enxerga a educação como um processo acima de tudo coletivo, onde é, segundo Kuenzer (2002, p. 12-13), necessária a construção coletiva de uma proposta que garanta, ao mesmo tempo, uma educação básica de qualidade que assegure continuidade e forneça meios para integração do trabalho produtivo.
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Teóloga, Pedagoga e