Rede social
1 INTRODUÇÃO
O endividamento excessivo acaba sendo apresentado como decorrente da “má-gestão” orçamentárias da incapacidade dos consumidores de traçar previsões financeiras corretas ou como uma psicopatologia pessoal (uma compulsão por comprar, uma forma de adicção).
O percentual das famílias com dívidas tem aumentado significativamente, atingindo 59,8 % das famílias brasileiras em agosto de 2012, além de aumentar a inadimplência da população. Estudos na área do endividamento são importantes à medida que podem buscar explicações para a causa desses fenômenos, além de medidas que amenizem os impactos deste na sociedade em geral. Desse modo, o objetivo do presente estudo foi verificar o impacto de variáveis macroeconômicas sobre o endividamento das famílias brasileiras, utilizando para isso, o método de análise de regressão múltipla. Os resultados encontrados mostraram que as variáveis PIB, endividamento defasado e taxa de câmbio possuem relação significativa com o endividamento, sendo a relação positiva para as duas primeiras variáveis, e negativas para a última.
Tais fatores podem está associado a: uma cultura do consumo em nossa sociedade, o incremento da oferta de crédito – e a centralidade do endividamento no atual estágio do sistema capitalista –, o achatamento dos salários e/ou o aumento dos recursos necessários para prover a sobrevivência e fazer frente aos hábitos de consumo, a promoção – por vezes bastante agressiva – do consumo e do crédito na mídia em geral e na publicidade em especial, e a incorporação pelo mercado financeiro de segmentos potencialmente mais vulneráveis como os idosos/aposentados e a população de baixa renda, deixam de ser consideradas.
Por fim, o objetivo deste trabalho é oportunizar uma discussão a cerca dos