redações

(Des) Ordem e... Progresso?!
Ordem e progresso não são as palavras que descrevem o Brasil nesse momento. Acho que luta e revolução, indignação e protesto, reforma e manifestação caem bem melhor. Vive-se, praticamente, a Primavera Brasileira e espera-se que brotem lindas flores no lugar da corrupção e que a política brasileira comece a exalar um delicioso cheiro de rosas ao invés do cheiro putrificado da roubalheira. No entanto, enquanto ainda estamos em meio à sujeira e imersos num terrível inverno, cujo frio chama-se falta de dignidade, o que nos resta é revolucionar.
Manifestantes (desesperados), bandeiras, caras pintadas (caras postas a tapa), coragem, medo (da repressão e, mais ainda, de não serem ouvidos), choro, sangue, pressa (por um país melhor), olhos fixos (tentando enxergar uma solução), suor no rosto, faixas nas mãos, nacionalismo no coração e gritos de socorro e revolta presos na garganta. É isso que se vê nas ruas. Revolução! Balas (mesmo que de borracha), pessoas caídas ao chão e caos simbolizam uma verdadeira guerra que os brasileiros têm ânsia de vencer.
Contra a violência policial e a mesmice nos pronunciamentos políticos, o povo usa, no lugar de fuzis, brados retumbantes que ecoam e nos mostram quão burros fomos por tanto tempo. Isso mesmo. Burros! Precisávamos de um choque de realidade, estávamos adormecidos, e o “príncipe encantado” chamado Inflação nos acordou do sono profundo.
Arroz, feijão, farinha, tomate, e tudo o mais que compõe a mesa de um legítimo brasileiro, com preços exorbitantes. 5%, 6%, 7%... 20% mais caros. E a tendência era atingir os 100%. Por que demoramos tanto? Burros! Enquanto o Governo tirava o pão de nossas bocas e dava aos impérios particulares, nós estávamos ocupados demais assistindo a novela das nove.
Chega! Basta! Passeando pelo Brasil com os olhos atentos, vemos, finalmente, um Brasil brasileiro, comtemplamos o povo tomando as rédeas da carroça chamada democracia, vislumbramos os rastros de nacionalismo e