Redação
Passando-se 20 anos após a Rio-92 (ou Eco-92), a ONU, juntamente com aproximadamente 190 países, retoma o tema desenvolvimento sustentável com a maior conferência mundial já realizada predisposta a discutir sobre o destino ambiental e socioeconômico mundial. Entre os principais tópicos pleiteados, incluiu-se: o balanço do que foi feito desde a última conferência em 1992, economia verde, processos para erradicação da pobreza e a união solidaria dos governos em busca de desenvolvimento sustentável. Apesar de todos os adornos teóricos e discursos esperançosos, o resultado foi aquém do esperado, segundo membros das próprias delegações, de organizações não-governamentais e de grande parte dos 50 mil participantes.
Entre as principais propostas colocadas em pauta e polemicamente não aprovadas no texto final estão: os direitos reprodutivos da mulher, a preservação dos oceanos e a proposta de financiamento de US$ 30 bilhões para a sustentabilidade. Intransigências do Vaticano - interpretando os direitos reprodutivos da mulher como uma possível descriminalização do aborto - e com o princípio da responsabilidade comum, porém diferenciada, foram motivos que inibiram a aprovação de planos de ações proficientes.
Em compensação, importantes assuntos obtiveram avanços significativos. Foram reassumidas e salientadas as metas para a extinção da fome e da pobreza. Na área de educação, assinou-se um documento pedindo que instituições de ensino superior incluam a sustentabilidade nos seus currículos. Banqueiros anunciaram investimentos pesados na área de transporte sustentável em países em desenvolvimento pelos próximos 10 anos e acordos e compromissos foram firmados com várias empresas em busca de incentivos à sustentabilidade e preservação ecológica.
Apontar o evento como um fracasso é deveras imprudente, levando em consideração as dificuldades de encontrar um consenso com tantas idéias divergentes, mas apesar de as deliberações serem