Redação

AMBIENTE PARA O CRESCIMENTO
Fonte: Gazeta do Povo

Uma sociedade que deseja o melhor para seus habitantes deve tratar com especial deferência e estímulos os pesquisadores e os empreendedores
A partir do progresso tecnológico gerado pela Revolução Industrial, sobretudo no início do século 19, a humanidade descobriu que era possível sonhar com uma vida melhor, mais conforto, menos doenças e menos pobreza. A descoberta da máquina a vapor e da estrada de ferro ensejou a melhoria da produtividade do trabalho (produção por hora trabalhada), a ampliação da produção e o barateamento dos artigos de consumo. Símbolo desse progresso, a indústria têxtil deu impulso a uma era de crescimento industrial em outros setores, e o progresso tecnológico ocorrido a partir dos anos 1860 abriu de uma vez por todas as possibilidades de uma vida melhor para toda a humanidade.
A isso os economistas começaram a chamar de “crescimento econômico”, marcado por o aumento da produção per capita – que só ocorre quando o produto cresce mais que a população – e pelo aumento do consumo por habitante. A invenção da eletricidade, da água encanada e do motor a combustão interna antes do fim do século 19 fez explodir a produção mundial e tudo parecia indicar que brevemente a pobreza e a doença seriam erradicadas da face da Terra. Os manuais de economia começaram a dar destaque preferencial para as teorias e discussões sobre que fatores causam crescimento e que fatores podem inibi-lo.
Uma descoberta no campo da teoria econômica foi que o processo produtivo depende da existência de uma classe de pessoas dispostas a empreender, correr riscos e enfrentar as agruras do mercado e da competição. Como no início da Revolução Industrial não se imaginava que a produção pudesse ser comandada por um aparato coletivo – o Estado –, os personagens mais importantes da cena econômica passaram a ser o cientista (que pesquisava e inventava novas máquinas) e o empreendedor (que abria empresas e tocava os negócios).