Redação sobre o filme janelas da alma
Faculdade de Comunicação
Departamento de Jornalismo
Rayssa de Souza
Brasília, 28 de Novembro de 2012.
O filme “Janelas da Alma” (2001) dirigido pelo João Jardim e Walter Carvalho traz abordagens sobre a comunicação baseada nas interações entre o homem e suas ações na sociedade através de um sentido que, se revelaria de grande “importância física” para o corpo humano, mas que não se torna o único vetor de percepção e de sensibilidade: O olhar. A partir daí, pode-se observar citações e cenas importantes, durante o filme, que abrem alas às questões das influências sob os indivíduos dos meios de comunicação.
Em uma das cenas iniciais, na qual o fotógrafo e filósofo francês Eugen Bavcar diz respeito à cegueira generalizada causada pelas imagens prontas da televisão, ele usa a seguinte frase: “Atualmente, vivemos em um mundo que perdeu a visão. A televisão nos propõe imagens, imagens prontas e não sabemos mais vê-las, não vemos mais nada, porque perdemos o olhar interior, perdemos o distanciamento.” Essa premissa pode ser relacionada com os próprios “problemas sociais” que a mídia pode causar através da comunicação de massas, ou seja, a mensagem para os receptores se torna repetitiva e hipnotizante, fazendo com que não se permita ter outras perspectivas ou opiniões; e sim passividade e aceitação. É por isso que o olhar, abordado por Eugen Bavcar, é tão frágil diante do uso de recursos de convencimento.
As possibilidades de “enxergar” vão além do campo da visão, elas perpassam pelo campo da audição, da “digestão” da informação e da sensibilidade, pois essa forma de interação de objetos de consciência, entre emissor e receptor permite a identificação mais “filtrada” dos signos e o entendimento mais amplo da linguagem de quem comunica, de maneira distanciada e conscientizada. É inquietante cogitar que os deficientes visuais podem ter mais essa sensibilidade do que alguém com a visão em ótimo estado, justamente pela exploração dos outros