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Nascer, crescer, progredir e morrer: a existência humana baseia-se em um ciclo, atrelado em grande parte a busca pela felicidade plena. Contudo, devido ao sistema capitalista atual, parte desse ciclo foi interrompido, levando a sociedade a se perguntar se a demasiada valorização dos bens materiais e das conquistas econômicas podem ser consideradas por si só sinônimo de progresso. Serão os fins suficientes para justificar a quebra desse ciclo? E assim, será possível alcançar a tão almejada felicidade?
A soberania do modelo econômico vigente tornou o dinheiro o principal fator de qualidade de vida. Além disso, o caráter imediatista da sociedade, fez com que o consumo virasse a forma mais satisfatória de se adquirir prazer, sendo ainda incentivado pela ação das indústrias e da mídia. Criou-se uma falsa relação entre dinheiro e realização dos desejos pessoais e consequente aumento da felicidade, esta associação, mostra inúmeras falhas, causando ao ser humano uma crise de valores, mais comumente denominada de crise existencial. Individualismo exacerbado, perda do senso de coletividade, diminuição das relações afetivas: todos esses termos, extremamente ligados ao contexto atual, mostram a fragilidade dessa vinculação. A valorização extrema do dinheiro causou uma grande materialização da vida, com perda significante da espiritualidade, do afeto e da solidariedade. Verificou-se também o aumento de patologias denominadas de doenças do século, tais como: depressão, obesidade, estresse, que já mostraram estar atreladas ao pouco tempo que o indivíduo dedica as suas relações pessoais e principalmente a si mesmo, fatores que deveriam ser considerados primordiais para o alcance da