redacao
_ Olá, Myllena!
_ Olá, Gregório!
E seguia sorrindo, meio saltitante por toda aquela quadra doce, cheirosa, florida e amada, já que seu coração ficava aos pulos por vê-lo. Num desses dias, quando Myllena andava mais distraída do que nunca, ela tropeçou exatamente ali, caiu e machucou o joelho que começava a sangrar. E ela pensava:
_ e agora? e agora? e agora?...
Não tinha coragem de levantar o rosto, sabia que ele estava ali. No segundo seguinte ele estava ali ao seu lado, solícito como só um cavalheiro sabe ser. Numa cena lenta, ele pegou suas mãos, ajudou-a a levantar, olhou em seus olhos, algumas gotas de suor caiam-lhe nos olhos conferindo a ele uma coisa tão masculina, pensava Myllena, e ele levou-a para dentro. Limpou seu joelho, fez um curativo delicado, tudo em silêncio. Ela o olhava sem entender como aquela proximidade podia ser tão suave
_ Pronto, Myllena, agora você vai comer um sonho fresquinho que acabou de sair, o doce te fará bem.
E lá veio ele com os sonhos, guardanapos dobradinhos, e ela ali, quieta como se estivesse assistindo a si mesma em uma cena feliz e sorria o tempo todo.
_ Preciso ir, Gregório, mas queria agradecer seus cuidados comigo. Sua gentileza, roubou-me as palavras e eu não sei como agradecer.
_ Mas eu sei, Myllena.
Ela corou, abaixou os olhos, como era tão típico seu fazer.
_ Estou testando uns sabores novos para os meus sonhos. Então, gostaria de convidá-la para um piquinique no sábado. Vamos ao parque, saboreamos os doces, a natureza, e aí, quem