Reda O Prof Fabio

Tese: A desigualdade social já na infância implica numa obrigação de inversão de prioridades, que prejudica o aprendizado e o desenvolvimento infantil.
É na infância que se é dependente de alguém que assuma a responsabilidade por seus atos e pela sua criação, isso porque é essa a fase da vida na qual há maior fragilidade, tanto física quanto social. Dessa maneira , a desigualdade social, quando presente desde o início da vida, acarreta conseqüências mais graves, dentre elas, as deficiências no aprendizado e desenvolvimento, posto que a criança será obrigada a suprir necessidades básicas antes de buscar um crescimento intelectual.
No inicio da vida, principalmente, é necessário dar prioridade ao recebimento e retenção de grande maioria de informações, pois quase toda informação é nova . Acontece que não é dessa maneira que funciona para todos. Fruto da desigualdade social, crianças passam necessidades desde a falta de zelo até carências nutritivas. Essas necessidades as obrigam a entrar precocemente no mercado de trabalho. Isso cria uma inversão de prioridades, onde se passa a buscar por trabalho e dinheiro antes de por aprendizado. Aqueles que têm que se dedicar a um trabalho, que em geral é informal e abusivo, não frequentam escolas.
Um grande problema é que esse processo gera um ciclo vicioso, visto que as chances dessa criança conseguir um emprego com remuneração digna é baixa, pois a grande maioria de trabalhos ofertados tem como pré-requisito a escolaridade. Sendo assim, essa carência educacional e monetária implica posteriormente em dificuldades de pais em criar seus filhos de maneira a proporcionar a eles a chance de se dedicarem ao estudo. Essa nova geração, portanto, tem o mesmo obstáculo da anterior, e se vê obrigada a trabalhar para auxiliar a família.
Dessa maneira, infere-se que a desigualdade é tanto causa quanto conseqüência de problemas relacionados ao aprendizado e desenvolvimento intelectual infantil, pois gera uma espécie de