Recuta

APRECIAÇÃO CRÍTICA DO FILME “INTOCÁVEIS”

Philippe é um homem rico tetraplégico que durante o processo de seleção à vaga para ser seu cuidador observa a resposta dos candidatos quando são perguntados sobre o principal motivo para querer ocupar a vaga.
É aí que surgem diferentes respostas, como: “estou aqui pelo dinheiro”, ou até mesmo “amo os deficientes desde criança”, porém não conseguiu enxergar em nenhum dos candidatos o que ele realmente procurava como qualificações para àquele que seria seu cuidador: dinamismo, sensibilidade, humanização (demonstração de importância com o estado do semelhante) e que o pusesse ajudar a enfrentar suas limitações e medos. Todos demonstravam habilidades técnicas e pena de sua situação, mas ele sabia que desta forma não conseguiriam mudar em nada sua vida.
Durante o processo Philippe conhece Driss, um homem pobre morador da periferia, com passagem pela polícia e que não demonstra estar interessado na vaga pelo salário e muito menos pela oportunidade de “usufruir” de sua bela casa.
Philippe vê em Driss um diferencial; seu olhar diante da limitação do empresário, ele respeitava suas opiniões e decisões, e como não podia agir sozinho, o ajudava a vencer seus medos e realizar seus desejos.
As coisas fluem tão bem que Philippe e Driss não se tornam apenas bons amigos, como também se transformam como indivíduos, pois mesmo sendo totalmente opostos (fisicamente e socialmente), aprendem a conviver com as diferenças e enxergar o que há de melhor um no outro, de forma a reverem seus conceitos.

Assim como no filme, nos dias de hoje as empresas não estão à procura de profissionais que possuam apenas competências técnicas, que estejam “ali” apenas para preencher uma vaga de forma mecânica ou pelo salário, mas sim pessoas que sejam otimistas, intuitivas, flexíveis e adaptáveis a mudanças (competências comportamentais) e com isso possam ajudar no crescimento da organização.