recursos nao renováveis e renováveis
Maria Laura Barreto
Este trabalho trata de um dos mais complexos desafios das ciências ambientas; o uso sustentável dos recursos naturais, dentro deste extenso tema analisa um dos instrumentos, o tipo de regime de propriedade e sua relação com as características do recurso natural, na perspectiva da melhor opção para que se conservem para as futuras gerações tudo aquilo que é produto da natureza e tem valor para o Homem.
1. Recurso Renovável e não-Renovável: Uma classificação útil?
É bom elucidar que quando se fala em recurso natural, considera-se tanto o recurso renovável como o não-renovável. E que a distinção entre recurso renovável e não-renovável não é mais considerada tão clara, explica DEVLIN & GRAFTON (1998),1 como o foi na década 50, quando se relacionava ao recurso não-renovável à escassez. Ou seja, as características distintivas dos dois conceitos são cada vez são mais imprecisas.
Escassez, rigidez locacional e estocagem eram consideradas características dos recursos não-renováveis, mas nem sempre o são na verdade. O ouro, por exemplo, já foi considerado um recurso mineral raro, GAVALDA(1995)2, mas na atualidade, pelo aumento das reservas conhecidas, pelo decréscimo das funções de uso, pelo avanço tecnológico que permite a exploração e rentabilidade de depósitos antes considerados não econômicos e/ ou tecnicamente inviáveis, começa a ser considerado um recurso abundante.
A rigidez locacional é uma característica de grande parte dos recursos não-renováveis, particularmente daqueles, de formação primária. Os de formação secundária, no caso do ouro, os alúvios, colúvios e elúvios, não possuem esta rigidez.
No caso do recurso renovável, este já foi considerado abundante, e hoje, determinados tipos de recursos da flora e fauna, por exemplo, não possuem este atributo. Pode-se dizer que uma das principais preocupações relacionadas com o recurso renovável