RECUPERAÇÃO DE CHUMBO DE BATERIAS AUTOMOTIVAS, ANÁLISE DE RISCO DOS RESÍDUOS RESULTANTES
RECUPERAÇÃO DE CHUMBO DE BATERIAS AUTOMOTIVAS, ANÁLISE DE RISCO DOS RESÍDUOS RESULTANTES
INTRODUÇÃO
As indústrias de reciclagem de chumbo são potencialmente poluidoras, isto pelo ácido das baterias e dos metais nele contido, devido à emissão de gases e particulados decorrentes do próprio processo de produção, e ainda pela escória resultante da reciclagem.
Para recuperação do chumbo convencional são utilizados alguns métodos, um deles é por processo pirometalúrgicos em fornos tipo cuba, rotativos ou outros tipos de fornos que liberam gases SOx e particulados de chumbo para a atmosfera, gerando também até 25% de escória e resíduos da quantidade de chumbo produzida que é considerado resíduo altamente perigoso e deve ser disposta em aterro industrial classe 01.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Reciclagem de baterias automotivas
As baterias são a maior fonte para a indústria de chumbo secundário. A grade da bateria contém mais de 90% de chumbo metálico e pode ser imediatamente fundida. Mais de 70% da produção mundial de chumbo é consumida na manufatura de baterias de chumbo (a maior parte pelo setor de transportes) (FERRACIN, L.C., 2001).
O chumbo é o quinto metal mais abundante do planeta. Através dos séculos, devido às suas propriedades particulares, este metal encontrou numerosas aplicações, a principal delas sendo atualmente na fabricação de baterias automotivas.
Segundo Marchetto (2000), a produção mundial de chumbo no ano de 1999 foi de 6.159.000 toneladas, das quais 59% corresponderam à produção de chumbo secundário (reciclado), observa-se que 78% do chumbo produzido no mundo seja anualmente consumido na fabricação de baterias automotivas.
Reciclagem de chumbo no Brasil
De acordo com Marchetto (2000), o abastecimento do mercado brasileiro de chumbo e de suas ligas é feito atualmente por meio da importação de metal e através da produção de chumbo secundário