RECICLAGEM DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS EM VIDRO

1. ENCAPSULAMENTO DE RESÍDUOS – Conversão de cinzas a vidros Um dos grandes problemas do desenvolvimento é a grande quantidade de lixo sólido gerado, e a sua destinação. Atualmente, a disposição em aterros sanitários é considerada inaceitável do ponto de vista ambiental, e a melhor estratégia envolve a reciclagem com a seleção e classificação, o que é possível em aproximadamente 50% do descarte. Para a fração não reciclável, uma opção é a incineração com recuperação da energia térmica, uma técnica em crescimento na Europa, principalmente em países com elevadas densidades populacionais. Alguns países se destacam na aplicação desse procedimento como a Dinamarca, a Suécia, a Alemanha, a França, e a Itália; destacando-se a Dinamarca, que tem uma capacidade de incineração e reciclagem da ordem de 60%, segundo dados de 1994.
Embora a incineração reduza o volume dos resíduos em aproximadamente 90%, ela deixa consideráveis quantidades de sólidos semelhantes à escória, de fuligens pesadas (“bottom ash”) e fuligens leves (“fly ash”). Esse processo pode originar compostos orgânicos e derivados dos mesmos que resultam num efluente gasoso contendo, por exemplo, enxofre, flúor, cloro, bromo e iodo. A melhor forma para eliminá-lo é fazer com que ele passe através de uma torre onde é lavado contracorrente, e o efluente líquido resultante é neutralizado e lançado na rede de esgoto.
Para cada 1000 kg de resíduos incinerados, são produzidos de 25 a 30 kg de cinzas de filtros (“fly ashes”) de incineradores e, 300 kg de resíduos. Essas cinzas são problemáticas por conterem concentrações significativas de metais pesados.
A vitrificação é uma das melhores opções tecnológicas para inertização destes resíduos, com o objetivo de obter um produto que pode ser reaproveitado ou acondicionado em depósitos padronizados sem oferecer qualquer risco.

Resultados experimentais relativos à estabilidade química e mecânica de vidros preparados e fundidos a partir de cinzas, escórias e