Recensão crítica cultural sites
Turismo, Lazer e Património
2013/2014
Antropologia do Espaço
Recensão Crítica:
Cultural sites
Katen Fog Olwig
No passado, os antropólogos, enquanto cientistas dos seres humanos e da sua cultura, tendencialmente encaravam as pessoas como parte constituinte ou de uma comunidade localizada numa determinada área, ou de um processo de migração. Contudo, começou-se a dar cada vez mais importância à noção de “deslocação” (viagem), fazendo com que estes começassem a questionar/criticar a ideia de uma vida, estabilizada num determinado local, naturalmente vista como o estado normal e natural das coisas surgindo assim, por conseguinte, a noção de “cultural sites” (em português, “sítios culturais”), que pressupõe uma relação entre uma “cultura transnacional” e uma “cultura local”, enraizada nos hábitos e costumes de um determinado lugar. Desta forma, Karen Olwig deteve-se em estudos de histórias de vida, reais, que surgiram como foco central para a análise detalhada e consequente explicação da noção de sítios culturais. Em Cultural sites, Olwig dá a conhecer uma comunidade, os Nevis, descendentes de escravos africanos que trabalhavam nas plantações de açúcar e que conseguiram, por etapas, fazer nascer uma comunidade em áreas periféricas às das plantações; tinham, portanto, uma vida dupla: o trabalho nas plantações e um contexto social e económico que começavam a formar entre si. Inicialmente, a comunidade começou por construir casas e a dedicar-se à prática de cultivo de produtos agrícolas como forma de subsistência, porém isto não impediu que alguns vissem como única alternativa a emigração, tendo em conta que pretendiam uma melhoria de vida, deixando a sua família mas nunca perdendo o contacto com ela. Esta emigração não era vista como algo que viesse a ser permanente, mas sim como um caminho temporário, necessário percorrer, com o objetivo de uma estabilidade ao nível financeiro. Isto veio dar origem ao