Realismo
Antero de Quental foi poeta e filósofo português. Um verdadeiro líder intelectual do Realismo em Portugal. Dedicou-se a reflexão dos problemas filosóficos e sociais de seu tempo, contribuiu para implantação das ideias renovadoras da geração de 1870. Antero de Quental se destacou entre a juventude estudantil por sua irreverencia e espirito generoso, pelo folego poético e talento literário lutou pelas causas cívicas e politicas em que participava. Era avesso a estagnação e ao conservadorismo, de espirito inconformista com convicções firme quanto ao advento de um mundo novo governado por ideais de justiça, liberdade e amor. Tinha uma personalidade complexa, que oscilava entre a euforia e a mais profunda depressão. Em 1865 foi um dos principais envolvidos na polêmica conhecida por “Questão Coimbra” sofreu criticas a respeito de seu trabalho, essa critica foi de seu antigo professor que era um renomado critico literário que se tinha por cânones para os escritores nacionais. Para Antero de Quental, os ideais da fraternidade e solidariedade não poderiam ser em vão. Foi um dos primeiros a trazer o socialismo, o republicanismo e o marxismo para a discussão pública. A poesia de Antero de Quental apresenta três faces distintas: A das experiências juvenis, em que coexistem diversas tendências. A poesia militante, empenhada em agir como “voz da revolução” e a da poesia de tom metafisico, voltada para a expressão da angustia de quem busca um sentido para a existência. Antero atinge um maior grau de elaboração em seus sonetos considerado dos melhores da língua e comparados aos de Camões e aos de Bocage. Os sonetos de Antero tem inegável sabor clássico, quer na adjetivação, quer na análise de questões universais que afligem o homem.
Obras principais:
Poesia: Sonetos, 1861; Beatrice, 1863; Odes Modernas, 1865;Primaveras Românticas - Versos dos Vinte Anos, 1872; Sonetos, 1881; Sonetos Completos, 1886; Raios de Extinta Luz, 1892; Prosa