Realismo
O realismo foi um movimento artístico e literário surgido nas últimas décadas do século XIX, na Europa, em reação contrária ao romantismo. Criada em plena fase de Segunda Revolução Industrial, essa corrente artística pretendia retratar a realidade da nova população urbana que se formava e acusar a sociedade burguesa, política e religiosa de serem enganadoras e exploradoras.
Bastante polêmica, tomou influencias de várias teorias cientificas, políticas e filosóficas da época, tomando características bem objetivas, com o intuito de resolver, decompor, classificar e explicar, essa postura intelectual é chamada de cientificismo. Dentre essas influencias, algumas foram:
Positivismo de Augusto Comte: Não apoiava somente o cientificismo, mas também se preocupava com o real-sensível e a conciliação entre “ordem e progresso”.
Socialismo científico de Karl Marx e Friedrich Engels: Serviram de inspiração a partir da obra Manifesto comunista, de 1848, onde definem o materialismo histórico e a luta de classes.
O evolucionismo de Charles Darwin: Com a publicação de A origem das espécies, em 1859, Darwin expõe seus estudos sobre a evolução das espécies, que nega a origem divina defendida pelo Cristianismo e caracteriza a evolução das espécies pelo processo de seleção natural.
Evolucionismo social de Herbert Spencer: Relaciona-se com o darwinismo, tendo como base as diferenciações das classes sociais, onde dizia que uma sociedade primitiva deveria evoluir e tornar-se uma sociedade civilizada.
O movimento surgiu na França, no momento em que ocorrem as primeiras lutas da população contra o socialismo. Totalmente contrários a corrente romântica, os adeptos ao realismo diziam que ela era uma “máscara da realidade”, que utilizava de exageros do sentimento para esconder aquilo que é a verdadeira intenção. Por isso, passam a ser retratados em obras artísticas uma sociedade em sua totalidade, um cotidiano