Realismo
Contexto histórico
O realismo foi um movimento artistico e cultural que surgiu na segunda metade do século 19 deixando de lado o idealismo do romantismo e passando a focar na vida como é de verdade, apresentando o lado mais sombrio, denunciando vicios e males da sociedade. A transformação de aspectos sociais, como a urbanização da população, as desigualdades econômicas, o surgimento da camada social de proletariado, a mudança de atitude e maior tolerância às idéias de liberdade e democracia, propiciaram uma reflexão e análise dos valores burgueses com visão crítica, denunciando a hipocrisia e corrupção da classe. Esta corrente colocou a descoberto realidades desconhecidas e fragilidades, que no romantismo sempre abordou de forma subjetiva.
Esta nova visão passa a ter uma influência também nas ciências, os métodos de experimentação e observação da realidade passam a ser vistos como os únicos capazes de explicar o mundo físico.
O Realismo iniciou-se na França com a publicação de “Madame Bovary” de Gustave Flaubert. No Brasil, a queda da escravidão e do Império criou uma nova realidade no país. A vida social e cultural tornou-se mais ativa, ambas influenciadas por ideais europeus. Muitos escritores românticos começaram a entrar para a literatura realista. O marco inicial do movimento do Realismo no Brasil foi a publicação do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis. Nesta obra, o escritor faz duras críticas à sociedade da época.
Características
São características desse período a realidade apresentada como ela é de verdade, sem ocultar ou distorções dos fatos e com imparcialidade do autor. Havia um descontentamento com a burguesia, os olhares também passaram aos pobres, que criticavam os problemas da sociedade, denunciando as injustiças. Assim, os personagens passaram a ser individuos comuns, serem analisados psicologicamente, ao contrário do Romantismo, que idealizava a figura humana. As condições sociais e culturais