Realismo
- Oposição ao idealismo romântico. Não há envolvimento sentimental;
- Representação mais fiel da realidade;
- Romance como meio de combate e crítica às instituições sociais decadentes, como o casamento, por exemplo;
- Análise dos valores burgueses com visão crítica denunciando a hipocrisia e corrupção da classe;
- Influência dos métodos experimentais;
- Narrativa minuciosa (com muitos detalhes);
- Personagens analisadas psicologicamente.
CONTEXTO HISTÓRICO
- Surgiu a partir da segunda metade do século XIX.
- As ideias do Liberalismo e Democracia ganham mais espaço.
- As ciências evoluem e os métodos de experimentação e observação da realidade passam a ser vistos como os únicos capazes de explicar o mundo físico.
- Em 1870, iniciam-se os primeiros sintomas da agitação cultural, sobretudo nas academias de Recife, SP, Bahia e RJ, devido aos seus contactos frequentes com as grandes cidades europeias.
- Houve também uma transformação no aspecto social com o surgimento da população urbana, a desigualdade económica e o aparecimento do proletariado.
Principais autores: - Daumier; - Courbet; - Millet;
Daumier (1808- 71)
O mais precoce dos três “realistas”.
Desde a revolução de 1830 abraçou o ideal republicano. Foi o mais militante nas causas sociais e políticas e o que mais reflectiu na sua arte este comprometimento.
Muito conhecido pelas ferozes e mordazes caricaturas executadas em litografias e publicadas em jornais : atacava no jornal satírico de Philippon, “La Caricature”, os membros do governo. A repressão sangrenta de 1834 inspirou-lhe uma série de temas de choque com legendas expressivas (“Rue Transnonain”; “Não se meta nisso!”, “Ventre Legislativo”). Uma Lei da Imprensa de 1835, fechou o jornal e Daumier passou a colaborar com o “Charivari”, caricaturando tipos sociais (“Bons Burgueses”, “Literatos Pedantes”, “Causídicos”). Em 1848 voltou à caricatura política, regressando à crítica dos costumes