Realismo
O realismo foi um movimento artístico e literário surgido nas últimas décadas do século XIX na Europa, surgiu em meio ao fracasso da Revolução Francesa e de seus ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Entre 1850 e 1880 este movimento cultural predominou na França e se estendeu pela Europa e outros continentes. Os integrantes desse movimento rejeitavam a artificialidade do Neoclassicismo e do Romantismo, pois sentiam a necessidade de retratar a vida, os problemas e costumes das classes média e baixa. O movimento manifestou-se também na escultura e, principalmente, na arquitetura.
Entre as correntes filosóficas da época, destacam-se: o Positivismo, o Determinismo, o Evolucionismo e o Marxismo. Contudo, o pensamento filosófico que exerce mais influência no surgimento do Realismo é o Positivismo, o qual analisa a realidade através das observações e das constatações racionais.
Dessa forma, a produção literária no Realismo surge com temas que norteiam os princípios do Positivismo. São características desse período: a reprodução da realidade observada; a objetividade no compromisso com a verdade (o autor é imparcial), personagens baseadas em indivíduos comuns, não havendo a idealização da figura humana; as condições sociais e culturais das personagens são expostas; lei da causalidade (toda ação tem uma reação); linguagem de fácil entendimento; contemporaneidade e a preocupação em mostrar personagens nos aspectos reais, até mesmo de miséria (não há idealização da realidade).
A literatura realista surge na França com a publicação de Madame Bovary de Gustave Flaubert, e no Brasil com Memórias póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis, em 1881.
O Realismo no teatro
Com o realismo, problemas do cotidiano transformam-se em temas para os dramaturgos realistas. O herói romântico é substituído por personagens do dia-a-dia e a linguagem torna-se coloquial, com palavras comuns do povo. O primeiro grande dramaturgo realista é o francês Alexandre Dumas Filho,