Realismo
O contexto sociopolítico europeu mudou profundamente na segunda metade do século XIX, houve grandes mudanças no modo de produção.
A estética realista está diretamente relacionada com a Revolução Industrial; os escritores realistas, motivados pelas teorias científicas e filosóficas da época retratavam o homem e a sociedade em sua totalidade.
O crescimento do comércio e o aumento no número de máquinas possibilitaram importantes reformas sociais, as pessoas que participavam do sistema capitalista foram privilegiadas, se beneficiaram com os meios de produção; os trabalhadores que passaram a ser assalariados se encontravam em péssimas condições. A pobreza aumentou, pois sem emprego suficiente, muitas pessoas viviam sem as mínimas condições de vida.
A literatura passou a revelar a face do cotidiano massacrante, do amor adúltero, da falsidade e do egoísmo humano, da impotência do homem comum perante os poderosos.
O realismo surge nesse contexto, tem como marco inicial a publicação do romance Madame Bovary, de Gustave Flaubert, em 1857, na França. Essa obra tem como tema a mediocridade da vida burguesa.
O romance conta a história de Emma Bovary, essa uma mulher educada tinha como princípios os ideais burgueses românticos. Emma torna-se vítima fácil para conquistadores por causa do enfado com o próprio casamento. Seu fim é trágico, a morte. Essa é simbólica, representa a morte do Romantismo, além de criticar a sociedade burguesa.
O Realismo exprime o conflito entre o indivíduo e o mundo, os sonhos e a vida real; revela todas as circunstâncias do momento histórico em que foi produzido.