Realismo e Naturalismo

O Realismo apresenta características que refletem o momento em que surge. É fiel ao representar o mundo exterior, analisa as condições políticas, econômicas e sociais que influenciam os comportamentos individuais e determinam a organização social. O Realismo é o período de apogeu do romance, pois esse exprime de modo mais profundo e compreensível o conflito entre o indivíduo e o mundo, entre os amores e a vida real.

• Objetivismo
• Oposição ao idealismo romântico
• Linguagem culta e direta
• Representação mais fiel da realidade
• Amor e outros sentimentos subordinados aos interesses sociais
• Herói problemático, cheio de fraquezas, manias e incertezas
• Análise dos valores burgueses
• Influência dos métodos experimentais
• Narrativa minuciosa
• Personagens analisadas psicologicamente
• Influência de movimentos políticos

Eça de Queirós foi um dos grandes nomes da literatura portuguesa. O escritor participou de um período de mudança, em que o romantismo dava lugar ao realismo. Na primeira fase da sua carreira, produziu obras com influência romântica. O realismo aparece nas narrativas da segunda fase. Na terceira e última, Eça apresenta textos mais imaginativos, testando os limites do estilo literário.
“O Crime do Padre Amaro” e “O Primo Basílio” são duas de suas obras mais importantes. Com temática crítica, o autor causou polêmica na sociedade portuguesa da época e foi condenado pela Igreja Católica. Eça de Queirós trabalhou como jornalista, advogado e cônsul. Mas ficou mais conhecido pela atuação na literatura. Os textos do autor apresentam o nascimento do realismo português e são objeto de análise até hoje.

Antero de Quental foi poeta e filósofo português. Foi um verdadeiro líder intelectual do Realismo em Portugal. Dedicou-se à reflexão dos grandes problemas filosóficos e sociais de seu tempo. Contribuiu para a implantação das ideias renovadoras da geração de 1870.
Antero de Quental expressa em seus sonetos a sua inquietação