realismo e naturalismo

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ – CAMPUS CRATO
LITERATURA BRASILEIRA
PROFESSOR: ANTÔNIO MARCOS

REALISMO-NATURALISMO

INTRODUÇÃO

O primeiro romance explicitamente realista da literatura mundial foi publicado na França, em 1857. Trata-se de Madame Bovary. Nesse romance, conhecemos a história de Emma Bovary, mulher educada segundo os ideais burgueses românticos e que, enfadada com o próprio casamento, torna-se presa fácil do primeiro conquistador que lhe cruza o caminho. O destino de Emma é a morte, símbolo utilizado pelo autor para apontar para a morte do próprio Romantismo. Flaubert critica, de modo impiedoso, a hipocrisia da sociedade burguesa. Em sua obra, toda a intriga melodramática, aventurosa e sensacional, típica do Romantismo, é substituída pelas descrições de uma vida cotidiana absolutamente monótona, uniforme e, não raro, vulgar. O efeito moral da arte é o seu objetivo mais importante, o que dá ao artista um papel educativo insubstituível.

CONTEXTO HISTÓRICO EUROPEU

O Realismo reflete as profundas transformações econômicas, políticas, sociais e culturais da segunda metade do século XIX. Se por um lado havia o progresso, representado pelo crescimento das cidades, pela instalação de novas fábricas, pela utilização de novas fontes de energia, como o vapor, o petróleo, o gás e a eletricidade, por outro havia o crescimento dos bairros pobres onde residiam os operários e suas famílias. Enquanto a burguesia lutava pelo dinheiro e pelo poder através da expansão capitalista, o operariado, vivendo em condições miseráveis, manifestava a sua insatisfação, promovia as primeiras greves e criava associações que dariam origem aos sindicatos. A ciência, devendo servir ao progresso industrial e a objetivos práticos, necessitava de novos métodos e, principalmente, de organização. São alguns avanços desse período: a energia elétrica, a indústria do frio e com ela a conservação de alimentos, a utilização do éter como