Raulph
O olfato, assim como a visão, é suscetível a grande adaptação. Na primeira exposição a um cheiro muito forte, a sensação pode ser muito intensa, mas dentro de um minuto, quase não será mais sentido. Dessa forma, os indivíduos são incapazes de mensurar sua própria halitose.
O mau odor bucal se torna importante fator nas relações sociais, podendo originar preocupação, não só em relação ao aspecto de saúde, mas também a alterações psicológicas que conduzem ao isolamento social e pessoal. Pessoas que sofrem de halitose criam barreira social entre elas e seus amigos, familiares, cônjuge ou colegas de trabalho.
A relação dos odores bucais com os aspectos sociais sempre foi fator de preocupação para a sociedade que, procurando mascará-los, se utilizava de diversos artifícios e substâncias. O mau odor bucal sempre foi e, ainda, é um obstáculo para a plenitude da vivência conjugal.
Sendo a halitose distúrbio que acompanha a sociedade há muitos anos, revela se inaceitável que, com o avanço dos conhecimentos, esses não sejam transmitidos de forma adequada para a população.
O desconhecimento sobre como prevenir halitose permite a sua ocorrência, limitando a qualidade de vida. Tais problemas poderiam ser sanados facilmente por meio da educação em saúde, pois a etiologia da halitose concentra-se basicamente na boca.
Sendo os relacionamentos sociais um dos domínios do constructo qualidade de vida, é preciso considerar a halitose fator de interferência negativa.
E, dessa forma, a educação em saúde deve ser realizada visando o equilíbrio dinâmico, envolvendo os aspectos físicos e os psicológicos do ser humano, assim como suas interações sociais, para que os indivíduos