RAQUITISMO HIPOFOSFAT MICO
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RAQUITISMO HIPOFOSFATÊMICOO raquitismo hipofosfatêmico dominante ligado ao cromossomo X é a forma mais comum de raquitismo familiar, e caracteriza-se por hipofosfatemia associada a hiperfosfatúria e metabolismo anormal da vitamina D. Existem outras formas de hiperfosfatúrias hereditárias, sugerindo um complexo processo de homeostase do fosfato. Como não está definida qual a lesão básica do distúrbio, torna-se difícil o esclarecimento da fisiopatologia. Recentemente, através da abordagem de clonagem posicional, foi identificado um forte gene candidato, o PEX, que seria o responsável pelo distúrbio. Diversos tipos de mutações no PEX foram encontradas em cerca de 60 famílias. Os recentes avanços genéticos no estudo dessa doença muito têm contribuído para melhorar o entendimento da sua fisiopatologia e do controle do equilíbrio do fosfato.
REVISÃO HISTÓRICA
O raquitismo hipofosfatêmico dominante ligado ao X (XLHR ou HYP; MIM 307800) (1) é a forma mais comum de raquitismo hereditário, com uma incidência estimada de 1:20.000 indivíduos (2).
Os primeiros relatos sobre esse raquitismo, na literatura, datam de 1937, quando Albright e col. (3) descreveram vários distúrbios de morfologia e formação óssea associados à resistência ao tratamento com vitamina D.
Winters e col. (4), estudando uma grande família da Carolina do Norte de pacientes com raquitismo resistente à vitamina D, reconheceram que a hipofosfatemia era o marcador mais relacionado com a presença do determinante genético, daí surgiu o termo "raquitismo hipofosfatêmico resistente à vitamina D".
Em 1941, Christiansen (5) descreveu a doença como autossômica dominante porque o fenótipo era dado apenas pelas anormalidades esqueléticas grosseiras. Usando a hipofosfatemia como critério fenotípico, Burnett (2) demonstrou que a doença era ligada ao X, com herança dominante. O achado de algumas mulheres heterozigotas que mostram pouca ou nenhuma evidência de doença óssea, mas que são hipofosfatêmicas, indica a herança