Raimundo Correia
Nascido no dia 13 de maio de 1859, dentro de um navio ancorado em águas maranhenses, Raimundo da Mota Azevedo Correia é um dos escritores mais renomados do Brasil e teve a grande honra de ser um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. . Nela, ocupou a cadeira 5, cujo patrono era Bernardo Guimarães, e seu sucessor na cadeira foi Osvaldo Cruz. Começou sua carreira como escritor romântico com seu livro Primeiros Sonhos e recebeu influência de grandes escritores românticos como Gonçalves Dias, Castro Alves, Fagundes Varela e Casimiro de Abreu.
Foi um escritor que pertenceu ao estilo de época chamado Parnasianismo, mas somente a partir do livro Sinfonias é que o poeta se assume realmente parnasiano. Como curiosidade, este livro tem prefácio de Machado de Assis.
Características de suas obras
Exaltação à natureza
Perfeição formal
Cultura clássica
Pessimismo
Desilusão
Esta visão pessimista do mundo deu às suas obras um certo tom filosófico.
Nascido em uma família de classe alta, o pai de Raimundo, José Mota de Azevedo Correia, era desembargador e descendente dos duques de Caminha. Sua mãe se chamava Maria Clara Vieira da Silva, e seus avós paternos eram portugueses.
Estudou no Rio de Janeiro no Colégio Nacional – hoje Colégio Pedro II – e no ano de 1877 ele iniciou o curso de Direito na Faculdade do Largo de São Francisco em São Paulo, onde conheceu grandes nomes como Afonso Celso e Raul Pompéia.
Em São Paulo, no tempo de estudante, colaborou em jornais e revistas. Estreou na literatura em 1879, com o volume de poesias Primeiros sonhos. Em 1883, publicou as Sinfonias, onde se encontra um dos mais conhecidos sonetos da língua portuguesa, “As pombas”. Este poema valeu a Raimundo Correia o epíteto de “o Poeta das pombas”, que ele, em vida, tanto detestou. Recém-formado, veio para o Rio de Janeiro, sendo logo nomeado promotor de justiça de São João da Barra e, em fins de 1884, era juiz municipal e de órfãos e ausentes em Vassouras.