Rafael Ruan
Independência do Brasil
Transferência da corte
No início do século XIX os exércitos de Napoleão Bonaparte, imperador da França, dominavam diversos países europeus. A única força capaz de resistir aos franceses era a poderosa marinha de guerra inglesa. Não podendo dominar a Inglaterra pela força militar, Napoleão tentou vencê-la pela força econômica. Para isso, decretou em 1806 o Bloqueio Continental, que proibia todos os países europeus de realizar atividades comerciais com a Inglaterra.
Para não prejudicar as relações comerciais que mantinha com a Inglaterra, D. João (príncipe regente de Portugal) manteve-se neutro nesse conflito. Os exércitos franceses não aceitaram essa indefinição e invadiram Portugal, com o apoio de tropas espanholas.
Sem condições de resistir à invasão das tropas franco-espanholas, D. João e a Corte portuguesa fugiram para o Brasil, sob proteção de uma esquadra naval inglesa, chegando à Bahia em 22 de janeiro de 1808. Um mês depois da chegada a Corte portuguesa instalou-se no Rio de Janeiro, onde D. João organizou a estrutura administrativa da monarquia portuguesa.
Governo de D. João VI
Entre as diversas medidas econômicas, culturais e administrativas que D. João adotou, e que contribuíram para o processo de emancipação política brasileira, destacam-se o fim do monopólio comercial - D. João decretou a abertura dos portos brasileiros às “nações amigas”, isto é, ao comércio internacional. Com essa medida, os comerciantes da colônia ganhavam liberdade e o Brasil começava a se emancipar de Portugal.
Outra medida foi a assinatura do Tratado de 1810 - que concedia privilégios alfandegários à Inglaterra. Esse Tratado reduzia para 15% a taxa alfandegária sobre produtos ingleses vendidos ao Brasil. Dos demais países, era cobrada uma taxa de 24%, e mesmo dos artigos portugueses cobrava-se 16%.
Além disso, D. João promoveu a liberdade industrial - em 1808 foi autorizada a instalação de fábricas na colônia, e a