Rafael 1 G2
No Brasil, a representação democrática é semidireta, ou seja, o povo elege o seu representante no governo. Cabe salientar que poucas pessoas exercitam conscientemente esse direito como identificar a autenticidade do processo eleitoral, a sua importância e sua finalidade. Isso implica, realmente, que o ato de escolha do cidadão pode não resultar na escolha de um representante que atenda a seus ideais.
A democracia só existe se houver garantias da participação de todos, sem distinção.
A realidade social vivenciada no atual estágio de desenvolvimento indica que não somos efetivamente um país democrático, embora este regime de governo seja o mais condizente. Como bem ressaltou Bobbio (2000, p. 05) “a democracia não goza no mundo de ótima saúde, como de resto jamais gozou no passado, mas não está à beira do túmulo”.
A função do Estado é dirimir os conflitos de interesses que surgem nas relações entre privados e, garantir o bem-estar dos cidadãos. O que se observa é que os nossos governantes, em sua maioria, agem em prol dos seus benefícios e de seus correligionários, não estando nem um pouco preocupados com as aspirações sociais, com o bem comum.
Ensina Dallari (2007, p. 56) que na democracia representativa “o povo concede um mandato a alguns cidadãos, para, na condição de representantes, externarem a vontade popular e tomarem decisões em seu nome, como se o próprio povo estivesse governando”.
Em verdade, o que se observa é que essa liberdade do voto no Brasil não é operacionalizada em sua verdadeira acepção, afinal, a maioria dos cidadãos brasileiros, representados por pessoas de baixo poder aquisitivo, vendem o voto, em troca de favores pessoais, de trabalho, moradia, realidade esta típica dos “currais eleitorais” da República Velha. Como bem observou Demo (2006)