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Um dos maiores poetas brasileiros, Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu no Recife, Pernambuco, no dia 19 de abril de 1886, filho de Manuel Bandeira e Francelina Ribeiro de Souza. Além de poeta, ele foi ainda professor, jornalista, inspetor, tradutor e crítico literário.
Manuel Bandeira viveu apenas o primeiro ano de sua vida no Recife, e logo se mudou para as cidades de Petrópolis e Rio de Janeiro, no Estado do Rio de Janeiro. Algum tempo depois, ele retorna ao Recife, onde também residia seu avô Teotônio Rodrigues (na Rua da União, número 263), ali permanecendo por mais quatro anos - dos seis aos dez anos de idade. O poeta confessava sempre, porém, que as suas raízes mais profundas estavam fincadas em Petrópolis e, não, no Recife.
Regressando ao Rio de Janeiro, Manuel Bandeira estudou no Colégio Pedro II. Em 1903, ele se matriculou no curso para a formação de engenheiro-arquiteto, na Escola Politécnica de São Paulo. Contudo, devido à aquisição de uma grave doença pulmonar no final da adolescência, teve que abandonar os estudos e cuidar da saúde por anos a fio.
Como, naquela época, a tuberculose era considerada uma enfermidade estigmatizante - por ser contagiosa e incurável -, o doente via-se forçado a vivenciar uma dolorosa solidão, ou seja, ficar isolado das pessoas sadias. Ver-se condenado à privação de tudo o que caracteriza a vida de um jovem, representou o fim de muitos sonhos para o jovem Manuel Bandeira. Ele aprendeu, porém, a conviver com a sua doença e acumulou um vasto conhecimento sobre ela. A condição de doente, portanto, contribuiu para que o futuro poeta administrasse a realidade, suportando-a e superando-a, e que desenvolvesse suas habilidades artísticas e intelectuais, e aprimorasse a técnica da arte poética. Neste sentido, face às limitações e barreiras que o destino lhe impôs, Manuel Bandeira decide assumir um compromisso definitivo com a poesia.
Sem perder a esperança, o seu pai deu início a uma longa