radiologia pediatrica
A exposição aos raios-X diagnósticos é considerada uma questão de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde. É imprescindível adotar medidas que possibilitem uma redução na dose de exposição da população aos raios-X médicos, sobretudo nos pacientes pediátricos. As crianças são mais sensíveis aos efeitos da radiaçãoionizante, têm maior expectativa de vida e mais chances de serem expostas a esse tipo de radiação, que tem caráter cumulativo e pode levar à indução de danos genéticos e câncer. Portanto, deve-se, em radiologia diagnóstica, evitar a exposição desnecessária aos raios-X e a realizar apenas exames justificáveis para a investigação clínica. Salientamos a importância dos serviços especializados em diagnóstico por imagem possuírem salas específicas para ambientação das crianças e profissionais experientes, que utilizem uma linguagem apropriada para o manejo adequado destes pacientes. Estas medidas simples garantem que a criança realize o exame com sucesso e não exista a necessidade de repetir o exame evitando assim, a exposição desnecessária à radiação.
INTRODUÇÃO
A menção da palavra "radiação", frequentemente, evoca algum tipo de ansiedade em pacientes, familiares e mesmo em profissionais da área de saúde. A radiação é percebida como um risco único. Essa percepção tem muitas fontes incluindo a qualidade da informação para o público em geral, sobre as lesões de radiação real ou o medo de armas ou acidentes nuclea-res, tais como em Chernobyl e, mais recentemente, Fukushima, no Japão. O medo resultante destes eventos deve ser reconhecido e devidamente esclarecido quando da utilização de exames de imagem para fins diagnósticos ou terapêuticos que utilizam radiação ionizante1.
Por outro lado, com a incorporação de inovações tecnológicas, há uma tendência de ocorrer um grande aumento no uso de radiação médica, a maioria atribuída aos novos equipamentos multidetectores de tomografia computadorizada. O National Council on