Radiologia de emergência
Responsáveis pelo serviço de radiologia de emergência do Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A radiologia de emergência, na última década, tem-se diferenciado como uma especialidade dentro da radiologia, principalmente no meio acadêmico, atendendo à crescente demanda de exames complementares baseados em imagem, assim como de procedimentos diagnósticos e terapêuticos intervencionistas também guiados por algum método de imagem. Aproximadamente 50% dos pacientes que procuram serviços de pronto-socorro realizam algum exame radiológico. O pronto-socorro apresenta um universo de problemas clínico-cirúrgicos e uma dinâmica de funcionamento distinta do restante do hospital. A maioria dos pacientes que o setor atende está agudamente enferma; conseqüentemente, os exames e suas leituras devem ser realizados o mais rapidamente possível a qualquer hora do dia. A estrutura necessária para o funcionamento da radiologia de emergência não se limita mais à radiologia convencional, necessitando de ultra-som (US), tomografia computadorizada (TC) e acesso a estudos angiográficos e de ressonância magnética (RM). O radiologista deve estar disponível nas 24 horas do dia, pois diversas situações de emergência necessitam de conduta imediata, muitas vezes dependentes de diagnóstico por imagem, o que impõe, nos serviços de grande porte, a presença do radiologista in loco e não mais na cobertura a distância. Esta tendência já é observada em alguns serviços acadêmicos e privados no nosso meio. Esta condição de disponibilidade do radiologista vem sendo bastante enfocada na literatura internacional(1,2). O radiologista da emergência tem o desafio de fornecer ao médico emergencista, a qualquer horário, o diagnóstico por imagem que as diversas modalidades de alta tecnologia possam oferecer, ou progressivamente perderá este espaço para as