Radiografia do consumo
Se fosse um país, a classe C brasileira seria o 12º mais populoso e o 18º de maior consumo no mundo. No ano passado, este segmento social que soma cerca 108 milhões de pessoas no Brasil, gastou mais de R$ 1,17 trilhão e foi responsável por 58% do crédito no país. Estes são alguns dos balanços feitos pelo estudo “Faces da Classe Média”, fruto de parceria da Serasa Experian e do instituto Data Popular. O objetivo é oferecer subsídios a empresas, agências, gestores e profissionais de marketing para traçar estratégias e desenvolver produtos e serviços voltados para este público.
“A classe média deixou de ser um segmento de mercado e para a maioria das categorias se tornou o principal público consumidor”, afirma Renato Meirelles, presidente do Instituto Data Popular. A pesquisa indica que a região Sudeste concentra a maior parte desta classe social, com 43% do total, seguido do Nordeste (26%), Sul (15%), Centro Oeste e Norte (ambos com 8%). De acordo com dados da pesquisa, a classe C saltou de 176 milhões de pessoas, em 2003, para 201 milhões em 2013. De 38% da população passou a compor 54% dos brasileiros. E o crescimento deve continuar, com estimativa que chegue a 58% em 2023, totalizando aproximadamente 216 milhões de pessoas.
Em 2014, estima-se que a classe C deve realizar 8,5 milhões de viagens nacionais e 3,2 milhões de viagens com destinos internacionais. Além disso, deve comprar 7,8 milhões de notebooks, 4,5 milhões de tablets, 3,9 milhões de smartphones. Em relação ao volume de bens domiciliares comprados, lidera a pesquisa móveis para a casa, com 7,8 milhões de produtos a serem consumidos este ano. Em seguida aparecem os aparelhos de TV (6,7 milhões), geladeiras (3,9 milhões), máquinas de lavar (3,9 milhões), carros (3 milhões) e casas ou apartamentos (2,5 mihões).
A pesquisa “Faces da Classe Média” realizou a segmentação em quatro perfis,