Radiofármacos Produções e Aplicações
Beatryz da Nóbrega Marques, Jean Pereira Ferreira, Larissa Adiles Maria Paiva Ferreira
Farmácia, Universidade Federal da Paraíba, UFPB
Os radiofármacos são preparações farmacêuticas emissoras de radiação com finalidade diagnóstica ou terapêutica. O radiofármaco é constituído por radionuclídeos (partícula emissora de radiação β ou ɣ) e um vetor fisiológico (molécula orgânica com fixação específica). Nosso objetivo é descrever o modo de produção e as aplicações dos radiofármacos. A produção do radiofármaco inicia-se com a obtenção do radioisótopo, a exemplo do Flúor (18F), em um acelerador de partículas cíclotron. Em seguida, este é ligado a um vetor fisiológico, capaz de carrear o elemento radioativo ao local de interesse, permitindo a análise fisiológica deste. A produção dos radiofármacos é realizada em instalações denominadas Células Quentes, que asseguram a proteção dos trabalhadores à radiação. O 18F foi o primeiro radionuclídeo produzido no Brasil pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN-CNEN) de São Paulo. O IPEN é responsável por produzir 95% dos radiofármacos brasileiros, possui um reator, o IEA-R1, e dois cíclotrons para a produção de radionuclídeos que são transformados em radiofármacos. Estes são utilizados em grande escala na medicina nuclear tanto para diagnóstico (onde ele apresenta radionuclídeos emissores de radiação ɣ ou β+, visto que estes dá origem a radiação eletromagnética penetrante, que consegue atravessar os tecidos e pode ser detectada externamente) quanto para terapia (onde apresentam radionuclídeo emissor de partículas ionizantes, pois a sua ação se baseia na destruição seletiva de tecidos). Verifica-se, em relação aos radiofármacos, a grande penetrabilidade nos tecidos e com menos poder de ionização, o que resulta na minimização das doses de radiação que são absorvidas, como exemplo o radiofármaco na forma de iodeto de sódio (usado para o diagnóstico de disfunções da