Radioatividade
1. INTRODUÇÃO
A radioatividade é definida como a capacidade que alguns elementos fisicamente instáveis possuem de emitir energia sob forma de partículas ou radiação eletromagnética. Existem dois tipos de radiação:
Radioatividade natural ou espontânea: é a que se manifesta nos elementos radioativos que se encontram na natureza.
Radioatividade artificial ou induzida: é aquela produzida por transformações nucleares artificiais.
A emissão radioativa é constituída de partículas de carga positiva denominadas de partículas alfa (α), partículas de carga negativa denominadas partículas beta (β) e ondas eletromagnéticas que são as emissões gama (γ).
Os efeitos da radiação podem ser drásticos tanto para homem quanto para o meio ambiente. O indivíduo que a recebe pode sofrer alteração genética, pois os raios afetam os átomos que estão presentes nas células, provocando alterações em sua estrutura. Mas a radioatividade pode também apresentar benefícios e por isso hoje é aplicada a diversas áreas. No presente trabalho nos dedicamos à apresentação de como tudo foi descoberto, desde as origens dos estudos até o emprego desse fenômeno para o desenvolvimento de ferramentas tecnológicas.
2. A DESCOBERTA DOS RAIOS-X
Em novembro de 1895, o físico alemão Wilhelm C. Röntgen fazia experimentos no laboratório de sua casa. Ele pesquisava o tubo de raios catódicos inventado pelo inglês William Crookes alguns anos antes. Era um tubo de vidro dentro do qual um condutor metálico aquecido emitia elétrons, então chamados raios catódicos, em direção a outro condutor. Quando Röntgen ligou o tubo algo inusitado aconteceu: perto do tubo havia uma placa de platino cianeto de bário que brilhou. Ele desligou o tubo e o brilho sumiu. Ligou de novo e lá estava novamente o brilho. A luminosidade persistiu mesmo quando Wilhelm Röntgen colocou diversos objetos entre o tubo e a placa. Algo saía do tubo, atravessava barreiras e atingia o