Radioatividade
História
Antonio Carlos Olivieri*
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Todo mundo quer ser feliz. Isso é ponto pacífico. No entanto, o que é a felicidade? A resposta a essa questão é certamente matéria de muita discussão e controvérsia. Para uns a felicidade está na buscar do prazer. Para outros, o prazer tem como conseqüência a instabilidade, a dor e o sofrimento. Por isso, o ideal seria não dar asas às paixões e controlá-las.
Também há quem pense que a perfeita felicidade só se encontra numa vida futura, que deve existir após deixarmos este "vale de lágrimas". Para outros, ainda, não é a felicidade que conta, o que importa é agir conforme o dever, ainda que isso exija muito desgosto.
Essas questões - que qualquer pessoa sempre acaba se colocando algumas vezes, de um modo ou de outro - também têm sido preocupação de muitos filósofos, através dos tempos. Ao tratarmos dos valores, vimos que geralmente nos referimos às regras de conduta aceitas por um grupo ou uma pessoa, quando falamos em moral.
O bem e o mal
Ora, ao se comportar moralmente, uma das preocupações do homem é saber distinguir o bem do mal, já que agir moralmente é atuar de acordo com o bem. Portanto, ao perguntar como deve agir em determinada situação, o indivíduo ou sujeito moral não está somente se colocando uma dúvida prática, mas também se aproximando de outras questões de caráter teórico e abstrato, tais como:
em que consiste o bem?
qual é o fundamento da ação moral?
qual é a natureza do dever?
A colocação dessas questões é o ponto de partida da ética, entendida como a teoria que realiza uma reflexão crítica sobre a experiência moral, com a finalidade de discutir as noções e princípios que fundamentam a conduta moral.
Antigüidade grega
A reflexão ética do mundo ocidental se iniciou na Grécia antiga, no século 5 a.C., quando as interpretações mitológicas do mundo e da realidade foram sendo desacreditadas e substituídas por teorias que privilegiavam as