radicalismo por Antonio Gasparetto Junior
O Radicalismo é uma filosofia que utiliza métodos extremos para gerar as transformações pretendidas por seus promotores.
A origem do Radicalismo está em um dos mais importantes eventos da história mundial, a Revolução Francesa. Esta rompeu com o chamado Antigo Regime e seus rígidos estamentos sociais e com os privilégios da nobreza e do clero na sociedade. A concepção de sociedade que introduziu marca nossa vida até hoje e, por isso, o evento é considerado o divisor de águas na história ocidental, marcando o fim da Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea. No entanto, seu desenvolvimento foi marcado por várias ações extremistas. O termo Radicalismo, contudo, foi introduzido por Charles James Fox, em 1797, na Câmara dos Comuns, na Inglaterra.
Durante a Revolução Francesa, o grupo dos chamados jacobinos defendia a radical reformulação do sufrágio e da ordem social. O período em que estiveram no poder no desenvolvimento da Revolução Francesa marcou a fase do terror, pois os jacobinos não se poupavam dos métodos extremos para promoção de suas reformas. Assim, centenas de pessoas perderam suas cabeças com o uso da guilhotina, que eliminava os opositores e representantes do status quo. Entre eles, o próprio monarca francês da época. Paris ficou literalmente coberta de sangue naquele período.
A França não exportou apenas uma nova concepção social para o mundo ocidental, mas também seu Radicalismo, que pautou o comportamento de muitos grupos políticos. Neste campo político, especialmente, o Radicalismo é visto como uma variante do Liberalismo com práticas mais extremas e mais associadas aos movimentos de esquerda. Ainda em meio a Revolução Francesa, o Radicalismo chegou à Inglaterra e orientou o Partido Whig, que seguia a ideia de que o valor das ações é medido pelo bem que causam ao maior número de pessoas. No decorrer do século XIX, Itália e Espanha também passaram a contar com seus partidos radicais defendendo políticas