Sistema internacional e religião
Durante o desenvolvimento das sociedades e países da atual conjuntura mundial, foi possível encontrar diversos episódios em que a guerra foi escolhida como meio de resolver conflitos ou aumentar influências. O equilíbrio do sistema internacional é fortemente abalado em situações como essa (MINGST, KAREN). Porém, os Estados também são movidos por uma questão de fé. As instituições religiosas, apesar de uma notável perda de espaço no campo político devido à expansão do liberalismo, têm sido usadas para justificar grande parte dos conflitos atuais e são responsáveis diretas de grandes batalhas do passado. Esse capítulo visa explicar e conceituar alguns princípios básicos que tornaram a religiosidade um agente tão importante nas relações internacionais durante praticamente todos os períodos históricos.
1- Guerra
Em grande parte do período que antecede a era moderna, religião e política se fundiam em um corpo único. O imperador Constantino I aceitou a existência da religião católica no império do ocidente, acompanhando a decisão tomada por Saladino, governante do lado oriental do império. A idéia se consolidou na gestão do Imperador Teodósio, que através de Decreto "Cunctos Populos" tornou o catolicismo a manifestação religiosa oficial do império romano do ocidente, acabando definitivamente com o que se chamava de culto pagão. (http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=216&mes=abril2002&pag=1)
Após alguns anos, enquanto o império romano entrava em declínio, a igreja católica foi ganhando força e cada vez mais adeptos. Diante daquele momento de crise, os deuses tutelares foram trocados pelo Deus cristão (LeGoff), e a religião passou a dominar os povos da região partir daquela época.
Aproximadamente nos anos de 1009 d.C, o caminho percorrido na peregrinação feita pelos cristãos aos marcos da vida de Jesus passou a se tornar alvo de mulçumanos, que criam que esse ritual era meramente supersticioso. Os