racismos
• O estudo científico das raças - que serviu como fundamento de uma visão pseudocientífica do comportamento humano explicado pela etnia;
• A exaltação do nacionalismo - ideologia que romantiza e deforma o ideal de nação - potencializada pela Primeira Guerra Mundial e suas consequências, notadamente os revanchismos que marcaram os tratados entre vencedores e vencidos após o conflito, visto que o peso "humilhante" dos tratados, tidos como impagáveis pelos vencidos, teriam estimulado tal exaltação;
• O misticismo irracionalista - que contaminou a visão política das massas populares após 1918. Com efeito, ao contrário da ilusão liberal-iluminista de que os povos -enquanto partícipes da política -levariam à vitória a democracia, ocorreu, isto sim, a militarização da ação política, acompanhada pelo fanatismo nacionalista que gerou soluções totalitárias como o fascismo e o comunismo soviético.O nacionalismo e o imperialismo (a expansão neocolonialista do século XIX e da primeira metade do XX) contribuíram para a difusão dos ideais racistas. O Ocidente precisava justificar, em termos de superioridade racial, o controle de áreas coloniais na Ásia e na África: o homem branco, "graças a sua superioridade cultural e racial", tinha como "fardo" a "missão civilizadora".
Os ocidentais teriam de pagar o preço de suas excelências e virtudes raciais, levando "cultura e civilização" aos negros, amarelos e mestiços, "povos vulgares e sensuais", pouco dotados de racionalidade, das áreas periféricas do planeta.
Vem daí um pouco a visão de que nos trópicos poderia residir o "paraíso perdido", em função da ingenuidade dos nativos, das atitudes de não constrangimento pela nudez, das suas