Racismo e preconceito - uma sugestão de cobertura
Atualmente, o número é ainda maior. O grupo composto por esses indivíduos correspondia à 51,1% da população brasileira em 2011, com quase 98 milhões de pessoas. Dos números, obtidos pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 7,6% eram pretos, sendo o restante pardos. O órgão diz considerar como negros o somatório daqueles que se declaram como pardos ou pretos.
A raiz histórica fundada, sobretudo, no período da escravidão, quando os negros eram desprovidos de direitos, firmou os preceitos para a cultura do racismo e do preconceito quanto ao grupo. Apesar de hoje a legislação condenar esta prática também quando contrária a etnias, origem e religião, comumente, a raça e a cor ainda dominam as ocorrências e processos judiciais que versam sobre racismo, discriminação ou injúria racial.
Assim, é proposta matéria jornalística, que será complementar à discussão das diferenças segundo a legislação penal brasileira.
A reportagem pode exemplificar alguns desses casos com ajuda de um processo que gerou repercussão (tivemos noticiados casos em 2012). Um deles, o de uma faxineira que foi agredida verbalmente por um defensor público, condenado posteriormente a indenizá-la, ganhou páginas de jornais e ilustrou, ao mesmo tempo, uma triste realidade: a resistência do racismo mesmo quando ele é considerado crime, passível de prisão.
Além da vítima e do advogado dela, a matéria pode ampliar o debate. Para discutir de que forma esse mau comportamento ainda ocorre e de que maneira a lei ou outras iniciativas podem contê-lo, podemos contar com a participação de um antropólogo e um representante de alguma ONG que