Racismo no Brasil

O Brasil é Racista?
Até meados da década de 60 o Brasil era conhecido, no exterior por ser uma democracia racial.
A obra de Gilberto Freyre influenciou para que essa imagem ganhasse força, pois para ele a discriminação tinha o foco na origem social, e não raça.
A ilusão de que éramos um paraíso racial durou por tanto tempo principalmente porque:
• No Brasil a mestiçagem foi muito intensa. O português não era contrário à ideia de miscigenação, então a mistura gênica aqui é maior do que a maioria dos lugares do mundo. Mas, enquanto os genes se misturavam, a aparência das pessoas parecia pender para um lado ou para o outro (negro ou branco), por isso o racismo não era de acordo com a descendência da pessoa, mas de acordo com a aparência. Uma mulher e um homem brancos se casam sem se importar se algum deles tem alguma descendência africana.
• A identidade nacional de certa forma camuflou o racismo. A ideia de miscigenação imposta a todos impediu que os discriminados denunciassem, mas requisitassem melhores condições. A ilusão de que o racismo não existia foi uma das piores formas de racismo, pois até mesmo as vítimas começavam a acreditar nela.
Começou a cair no final da década de 60 quando os dados sociais comprovaram a diferença racial, principalmente na questão financeira e no nível de ensino.
O passado de servidão colocou os negros em uma classe social mais baixa, mas desde então eles já tiveram tempo para se recuperar. Essa diferença ainda prevalece porque os negros não têm as mesmas oportunidades que os brancos.
Os meios de comunicação sempre foram difusores da ideia do racismo. Negros são sempre retratados em posições inferiores, nunca em cargos de poder. Isso porque o espaço social do negro já é definido no Brasil.