Racionalismo
1.1 Contexto Histórico
Desde os primórdios os homens tentam entender o mundo e as coisas que o cercam através de varias perspectivas. Bem como na Idade Média ou Medieval, constituída sob a hegemonia da Igreja Católica, a concepção da realidade e do mundo era teocêntrica, ou seja marcada pela religiosidade, que ditava e explicava a compreensão dos fatos e a organização social.
No entanto, essa realidade começou a mudar já nos séculos XIV e XV, com a perceptível decadência do feudalismo, sistema que organizava a sociedade rural e descentralizada politicamente. Esse declínio do feudalismo se deu principalmente, por mudanças no próprio homem e na sociedade. Ávidos por conhecimento, o homem agora precisava de de outras explicações para justificar a realidade a sua volta. Com o advento do expansionismo marítimo e a intensificação do comercio, o contato com outros povos e outras culturas, possibilitaram um maior fluxo de informações e conhecimentos.
Vale-se resaltar que esse expansionismo foi patrocinado pela burguesia, uma nova e emergente classe social, que almejava ascensão política e econômica no estado.
Nessa nova realidade social e sob os últimos resquícios do feudalismo, começam a surgir os primeiros esboços do que viria ser o capitalismo. Da hegemonia da igreja de outrora, surge uma nova ética protestante, ocasionada pela divisão da igreja do ocidente, que mesclava e contribuía com as pretensões econômicas burguesas.
Essa expansão dos mercados, requeria um progresso cientifico e um espírito aventureiro. O homem volta a ser o centro do universo e a medida das coisas. Era o que pregava o racionalismo.
O racionalismo, devido ao contexto em que surge, procura compreender o mundo através da razão, contrapondo-se ao ceticismo e ao empirismo, não mais recorrendo a fé como critério de justificação. O enfoque no racionalismo é antropológico; uma visão do homem com ser diferente, superior aos demais porque é racional. O homem torna-se atuante e