racionalismo
Pedro Costa
Rita Henriques
O homem sentiu, desde sempre, necessidade de explicar o mundo que o rodeia. Já os gregos se questionavam sobre a origem do conhecimento. O conhecimento não é um estado mas sim um processo e, como tal, relacionado com a actividade prática do homem, o conhecimento foi descrito como uma relação entre um sujeito, enquanto agente conhecedor, e um objecto, enquanto coisa conhecida.
Qual a origem do conhecimento?
Será que todo o conhecimento procede apenas da experiência? Será que alguns dos nossos conhecimentos têm a sua origem na razão? Ou será que todo o conhecimento resulta de uma elaboração racional a partir dos dados da experiência?
Duas respostas são possíveis a esta questão: o empirismo, o racionalismo.
O que é o racionalismo?
A palavra racionalismo deriva do latim ratio, que significa "razão”. O racionalismo é uma corrente
que defende que a origem do conhecimento é a razão e só esta pode levar um conhecimento rigoroso
(logicamente necessário e universalmente válido). Os racionalistas desvalorizam os sentidos e a experiência devido à falta de rigor pois podem fornecer ilusão da realidade, no entanto admitem a sua existência. O racionalismo afirma que tudo o que existe tem uma causa, mesmo que essa não possa ser demonstrada. É baseado nos princípios da procura da certeza e da demonstração, sustentados, segundo Kant, pelo conhecimento a priori, ou seja o conhecimento independente da experiência, composto por juízos universalmente válidos, verdadeiros (pois esta verdade não depende de circunstâncias empíricas) e estes juízos possibilitam a formação de raciocínios dedutivos.
Origem e evolução do racionalismo
O racionalismo surgiu com os Eleatas e teve um papel central no platonismo. Platão admite a existência de dois mundos: o sensível – ao qual acedemos através dos sentidos, caracterizado pela instabilidade, aparência, imperfeição – e o mundo inteligível – com o qual