Racionalismo e iluminismo
Partindo da tradição forjada ao longo do século 17, o Iluminismo teve no racionalismo sua base fundamental de análise. A razão, vista como a única guia para o conhecimento e o único critério para a diferenciação entre o bem e o mal, representava também uma violenta crítica ao papel desempenhado pela Igreja, de resto detentora do monopólio do ensino em vários países europeus.
No âmbito político, o elemento central foi a defesa da liberdade política, numa negação do absolutismo que ainda caracterizava as monarquias europeias, à exceção da Inglaterra. Tal liberdade manifesta-se na existência de órgãos de participação política que limitem o poder do governante e permitam aos cidadãos expressarem seus anseios acima e além da vontade do governante.
Ao lado dessa visão liberal em termos políticos, a defesa da liberdade econômica foi uma constante no pensamento iluminista, negando a intervenção do Estado na economia, base fundamental da atuação das monarquias absolutistas.
Em termos sociais, o Iluminismo tinha por base a defesa da igualdade social, aqui entendida como a negação dos privilégios de que gozavam a nobreza e o clero. Dessa forma, a ideia da igualdade deve ser entendida apenas como a igualdade jurídica de nascimento, não se confundindo, conforme veremos a seguir, com o princípio da democracia. Por outro lado, essa mesma atitude de negação a privilégios explica, em parte, o forte anticlericalismo que pautou o pensamento iluminista. Essa atitude também é fruto do racionalismo, que tinha na Igreja e no pensamento religioso seus grandes inimigos.
Principais nomes do pensamento iluminista
É importante considerar que o Iluminismo expressa um momento em que a iniciativa histórica está nas mãos da burguesia. Assim, os pensadores do período, de modo geral, externam uma visão ligada aos interesses dessa classe. Não há no pensamento iluminista, à exceção de Rousseau, como veremos a seguir, uma concepção popular ou mesmo