Racionalismo geral
O racionalismo teve o seu primórdio se tratando de filosofia moderna através da obra de René Descartes, mas não unicamente nele, mas também em outros filósofos seguidores como Baruch Spinosa e G. W. Leibniz que vincularam no principio racionalista a razão juntamente com a matemática. A obra mais marcante, a de Descartes se trata de uma ruptura com a idéia de que a verdade viria através de preceitos divinos, o que era indiscutível durante a Idade Média, iniciando com a preocupação de ter um investigamento prévio do conhecimento. Começou-se então a disseminação da idéia racionalista aonde a verdade se apresenta oriunda das idéias inatas e da “razão”.
A corrente racionalista se apóia em “dois pilares”, na insuficiência dos sentidos para atingir o conhecimento e que a razão proporcionaria a verdade absoluta. Porém de acordo com esta doutrina a dúvida corresponde a uma exigência para a fundamentação do conhecimento.
. Hegel bem descrevia os princípios desta corrente: “Tudo o que é racional é real e tudo o que é real é racional". A partir destes dois pilares surgiu a “Teoria das idéias de Platão”, que distinguia o mundo inteligível do mundo sensível. Descartes não desconsiderava os conhecimentos que os sentidos proporcionavam, porém os tratavam como insuficientes para embasamento da sabedoria pois eram obscuras e confusas muitas vezes pela subjetividade.
Juntamente com o racionalismo, no mesmo período histórico, surgiram correntes que apresentavam princípios opostos. Na filosofia foi denominada de corrente empirista e na arquitetura de organicista. Os empiristas adotavam como principio que a verdade deriva da experiência, da ação dos sentidos. Pela doutrina racionalista apresentar uma natureza dedutiva, partindo do geral para o particular o empirismo surgiu com um caráter dedutivo, opostamente, do particular para o geral.
No universo arquitetural o racionalismo é feito de forma a se utilizar o máximo da razão em questão espacial