Racionalismo Cartesiano
Dito por outras palavras, o Racionalismo irá defender que alguns desses conhecimentos são justificados intuitiva ou dedutivamente. Isto quer dizer que algum desse conhecimento informativo pode ser justificado por ser evidente ou por deduzirmos de um conjunto de proposições a proposição que alegamos saber. A intuição e a dedução são os recursos racionais disponíveis para justificar as nossas crenças.
Segundo Descartes, a razão é a única via segura pela qual o conhecimento do mundo pode ser obtido. Particularmente, a visão racionalista de Descartes defende a possibilidade de alcance de uma verdade absoluta, incontestável.
A modalidade de Racionalismo proposta por Descartes (habitualmente designada por Racionalismo Cartesiano) tem algumas particularidades. Uma dessas particularidades é a de que irá defender não só que alguns conhecimentos são justificados racionalmente, mas que todo o conhecimento é justificado racionalmente.
A preocupação de Descartes é conseguir conhecimento cuja justificação seja suficiente para se estar certo disso que se conhece - que não seja possível que aquilo que se conhece seja falso. Concluem-se, portanto, desse ponto de partida que saber exige certeza daquilo que se sabe. Logo, aquilo do qual será lícito duvidar não é conhecimento. É, por isso, que o início do processo que conduz o filósofo francês às suas conclusões é colocar, tanto quanto possível, as coisas que se julga saber em dúvida.
Com a hipótese do Gênio Maligno, a dúvida atinge o seu ponto mais extremo; virtualmente tudo é objeto de dúvida, nem sequer podemos estar certos da verdade das proposições matemáticas.
No entanto, há algo de que, pelo próprio exercício de duvidar, podemos estar certos -