Conflitos etnicos
Nas últimas décadas do século XX, ao mesmo tempo em que se intensificava o processo e globalização, ampliavam-se os conflitos étnico-nacionalistas, muitos deles relacionados a movimentos separatistas. A ampliação desses conflitos revela uma situação aparentemente contraditória.
Os conflitos étnico-nacionalistas estão relacionados, de modo geral, à formação de países que abrigam diversas nações (multinacionais ou multiétnicos. As razões desses conflitos não são novas, não tendo sido geradas, portanto, pela nova ordem mundial.
Os principais fatores que motivam as lutas separatistas de cunho nacionalista são a não aceitação das diferenças étnicas e culturais, a existência de privilégios impostos pela supremacia de um grupo sobre outro, os interesses econômicos de determinados grupos sociais e o desejo das nações de constituírem seus próprios Estados.
Visões nacionalistas extremistas pregam o uso da força para defender seus interesses e consideram o outro, em função das diferenças étnicas, como inimigo e adversário. Nessa concepção, o nacionalismo confunde-se com o racismo e a xenofobia. Foi essa concepção de nacionalismo que Hitler colocou em prática na Alemanha nazista de 1933 a 1945.
Conflitos étnico-nacionalistas na Europa
Os conflitos étnico-nacionalistas na Europa, que se multiplicaram no final do século XX, só podem ser compreendidos dentro dos diferentes contextos histórico-geográficos em que se desenvolveram.
Os conflitos mais violentos nas duas últimas décadas estiveram relacionados ao fim dos governos socialistas de cunho centralizador, implantados em diversos países europeus após a Segunda Guerra Mundial.
Conflitos dos Bálcãs: o esfacelamento da Iugoslávia
Já no século XV, quando foi ocupada pelo Império Turco-Otomano, a região da península balcânica era alvo de disputas. No final do século XIX, foi a vez de o Império Austro-Húngaro conquistar boa parte das terras que posteriormente formariam a Iugoslávia.